OBESIDADE INFANTIL


Crianças obesas têm alto risco de se tornarem adultos doentes 

Já escrevi sobre Depressão Infantil. Falemos agora da Obesidade. Este trecho abaixo é uma reportagem retirada do G1. Abaixo teço alguns comentários. Relembrando que caso queira me sugerir alguma temática para uma análise psíquica, é só me sugerir na caixa de sugestões. 

Combater o excesso de peso na infância é ainda mais importante do que se pensava. Os estudos comprovam que crianças obesas têm alto risco de se tornarem adultos com doenças cardíacas, já a partir dos 35 anos.

Pesquisadores da Universidade de São Francisco, na Califórnia, fizeram projeções estatísticas a partir de dados do censo americano e do sistema de saúde pública. Pelo cenário traçado com a ajuda de modelos matemáticos, quase metade das mulheres e 37% dos homens americanos serão obesos em 2020.

Kirsten Bibbins-Domingo, coordenadora da pesquisa, concluiu que se a população continuar sem fazer exercícios e com os mesmos maus hábitos alimentares, o número de mortes por doenças do coração deve aumentar 19% nos próximos anos. Seriam mais de dois milhões de americanos com coronárias obstruídas e jovens com alto risco de morte prematura.

E o problema não se restringe aos Estados Unidos. Em vários países, como o Brasil, vêm aumentando rapidamente o número de pessoas muito acima do peso. Outra pesquisa, realizada na Dinamarca, chegou à mesma conclusão. Foram estudadas 276 mil pessoas, nascidas entre 1930 e 1976, com idade entre 25 e 60 anos. Resultado: quanto mais gordas as crianças entre 7 e 13 anos, maior o risco de doença cardíaca na idade adulta.

A receita para uma vida saudável pode ser simples e divertida: além de reduzir açúcar, gorduras e frituras, simplesmente brincar. É justamente a vontade de fazer esporte que motiva o adolescente Danilo. Aos 14 anos, ele está fazendo regime. Quando o assunto era pizza, ele não fazia por menos. “Comia uns dez pedaços. Hoje em dia eu como quatro, só. Não posso”, afirma. Para o ano que vem, o plano está pronto: “Emagrecer o máximo possível e fazer esporte, que é o que eu mais gosto”.

Fonte: G1


Diante dessa constatação, fica evidente que deve haver a ajuda de profissionais da área de saúde. Tanto endocrinologistas, quanto nutricionistas e psicoterapeutas. Cuidar da saúde da criança e da relação que elas possuem com a alimentação é fator de primordial importância para a relação social, a autoestima, o rendimento escolar, o relacionamento social e fatores da saúde do corpo da criança.

Os comprometimentos não são somente da esfera da saúde, mas entendem-se dos danos ao corpo até os psicológicos, sociais, familiares e escolares.

A obesidade infantil possui varias hipóteses explicativas. Grande parte delas concorda que nesse quadro sempre coexiste um hábito familiar antigo de manejo da ansiedade através da comida. Hábitos familiares repetidos pela criança podem estar presentes também. A relação com a comida é em algumas vezes uma reação aprendida à ansiedade e a outros fatores psicológicos e sociais. 

Em algumas famílias, a grande quantidade de estresse, condições sócio-econômicas, criação dos pais, forma de relação com os filhos, dentre outros são fatores que colaboram para manter a obesidade infantil. Nesses casos, a obesidade seria uma consequência de problemas psicológicos nos filhos. Assim, a obesidade apenas aponta para outro problema: o psíquico. 

É em família que encontramos explicações para este fenômeno. O texto Sugetões para o Relacionamento Familiar e o texto  Psicologia para Educação de Filhos ajudam a entender e lidar melhor com as relações familiares.

A obesidade infantil pode ainda ser o resultado de pais que não conseguem educar filhos, mas apenas criá-los. Para evitar a dor de cabeça da educação, os pais dão tudo o que os filhos pedem. 

Uma avaliação médica e psicológica deve ser feita para cada caso em particular. 





Dr Marcelo Quirino 
Psicólogo Clínico

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