PSICOLOGIA DE ADOLESCENTES: BREVES REFLEXÕES


Texto publicado pelo O Jornal Batista

A melhor maneira de educar um adolescente é quando ele é criança. Desde o colo quando ainda mama. Sem delongas, leia também Psicologia para Educação de Filhos, onde demonstro algumas dicas e equívocos praticados por pais durante o ato de educar.

Entre alguns adultos há uma visão preconceituosa sobre a fase da adolescência como a fase da rebeldia. Por outro lado há também uma visão preconceituosa do adolescente sobre os adultos como a fase da tirania.

Uma visão preconceituosa é o resultado da outra. É o que se pode chamar de conflitos de gerações. Na verdade não passa de um conflito de comunicações, mas não se resume somente a isto, apesar de começar por aqui.

Essa visão preconceituosa de ambos - adolescentes e adultos - é o que não permite uma aproximação saudável e empática entre estas duas fases da vida. Por vezes se faz uma aproximação desgastante e nada eficiente.

Se o responsável pelos adolescentes quiser proporcionar uma relação eficiente deve em primeiro lugar despir-se dos seus preconceitos sobre essa fase da vida do ser humano, para depois permitir-se compreender esse mundo de conflitos entre uma personalidade em formação.

Reações Emocionais na Adolescência

Muitas vezes, o adolescente reage à incompreensão de sua vida psicológica e à falta de uma comunicação empática que verse sobre seu desenvolvimento e necessidade de independência. No texto Os Ruídos da Comunicação Familiar falo um pouco sobre a temática comunicação em família.

O adolescente reage ao cerceamento da sua individualidade. A individualidade está relacionada à inserção grupal, à identidade e à sexualidade. O adolescente requer autonomia para estar em um grupo onde o aceite, requer uma identidade reforçada por esse grupo e ainda busca o descobrimento de sua sexualidade como forma de contribuir com sua identidade.

Buscar essa inserção num grupo social e buscar autonomia para que esta inserção aconteça e haja uma aceitação grupal não é nada demais.

O problema começa quando essa aceitação num grupo social é resultado de uma incompreensão no seio da família ou quando essa necessidade de aceitação grupal se alia à construção de sua autoestima ou de sua identidade. Para tornar mais sadável a relação com o adolescente, é imprescindível mexer em todo o contexto familiar. Leia o texto Sugestões para o Relacionamento Familiar onde há sugestões para melhorar o relacionamento e assim possibilitar melhor clima psíquico em família.

Como o adolescente está em processo de formação de identidade e de individualidade, há uma alta sugestionabilidade para grupos de comportamentos desviantes, como reação à tirania do autoritarismo dos pais que não o compreendem de forma plena.

Objetivos da Assessoria Psicológica com Adolescentes

Portanto, uma conversa com o adolescente deve permitir que ele tome uma visão introspectiva sobre si mesmo. Possibilitar que o adolescente se esclareça dos fatores de sua psique que fornecem estrutura à sua personalidade.

O responsável deve permitir ao adolescente uma conversa sobre si mesmo e consigo mesmo. Uma conversa sobre seus sentimentos, seus pensamentos, e seus grupos prediletos, sua relação com a autoridade parental e os porquês de suas reações indisciplinadas.

Como a necessidade de aceitação está nesse momento ligada à autoestima, não ser aceito pelo grupo é sinônimo de queda na autoestima ou de depressão. Por isso a relação entre adulto e adolescente deve tentar desvencilhar a necessidade de aceitação grupal da autoestima do adolescente.

Alguns comportamentos de desafio de autoridade podem estar dirigidos à aceitação num grupo especifico como uma forma de reação à sua busca pela individualidade que está cerceada na relação com o responsável.

Portanto, os pais devem se atentar para proporcionarem a aceitação do adolescente no seio da família, pois é isto o que ele busca por vezes.

Se o adolescente não é aceito dentro de casa, busca aceitação num grupo como forma de reagir à autoridade constituída. Esta aceitação diz respeito ao amor prático e genuíno que Jesus pregava.

Muitas vezes a atitude de desfiador e de rebeldia è resultado de uma reação quanto à inabilidade dos pais de o aceitarem como um ser em desenvolvimento rumo à individualidade.
Os pais o cerceiam por demais e uma reação explosiva do adolescente é o resultado de um pedido de socorro que visa buscar o seu autodesenvolvimento psicológico.

Um Psicólogo trabalha na assessoria dos familiares para ajustar o relacionamento familiar em direção à busca saudável da individualidade em formação, mas respeitando sempre seu momento de desligamento gradual da infância. O texto Pra que Serve um Psicólogo e o texto Psicoterapia abordam um pouco a temática da psicoterapia,

Um dos objetivos do Psicólogo é equilibrar para que não haja autoritarismo demais e nem libertinagem em excesso no processo de educação. Esse é um dos desafios para essa fase de vida do ser humano que é a adolescência.

A família deve proporcionar um desenvolvimento saudável da individualidade do adolescente. Em psicoterapia, o psicólogo busca o desempenho de um papel de facilitador e de assessor amigável, que se utiliza de princípios e de diretrizes técnicas como parâmetros para o desenvolvimento dessa individualidade em formação.

O Adolescente e sua Autopercepção na Família

Algumas famílias são aparentemente equilibradas psicologicamente, mas os adolescentes buscam caminhos de desafio às autoridades. Nesse caso específico um mecanismo de comunicação e de conscientização do processo de desenvolvimento psicológico do adolescente pode estar em falha.

Ter uma família equilibrada não é sinal de adolescente equilibrado e formado nos caminhos do Senhor. Muitos pais não erram na educação dos filhos, mas apenas não a apresentam de forma justa e presente com qualidade especifica na comunicação.

O adolescente precisa aprender a voltar os olhos sobre si e seus sentimentos a fim de que saiba lidar com impulsos e com necessidades de aventuras desmedidas que desconsiderem as limitações dos responsáveis. O aprendizado da introspecção (autoanálise) precisa vir da família.

Neste caso, um dos papéis do Psicoterapeuta é oferecer à família um canal de comunicação que verse especificamente sobre a psicologia daquele adolescente em formação, que verse sobre seus sentimentos, suas emoções e seus comportamentos. 

Não ser entendido e compreendido pode ser um sinal de rebeldia futura. A adolescência é uma fase onde a necessidade de comunicar-se sobre si mesmo é alta, visto que é um processo de desenvolvimento psicológico muito grande.

Elementos do infante e da vida adulta se misturam, portanto, um olhar sobre si e sobre a própria psique necessita estar presente para um desenvolvimento mais saudável. Por isso essa comunicação deve versar entre o adolescente e a família e entre o adolescente e ele mesmo através da introspecção.

A Sexualidade na Adolescência

Há o descobrimento da sexualidade nessa fase, e a conversa sobre o próprio desejo é fundamental. Pais devem educar os filhos desde crianças para que se tornem adolescentes com mais conhecimento sobre a sua própria sexualidade.

Conversar sobre sexualidade não é somente oferecer informações, mas sim pôr o adolescente em contato com o seu desejo e com a forma com que se relaciona consigo e com os outros do sexo oposto.

Em alguns momentos, a necessidade de encontrar um namoro está inserida na ausência de vínculos afetivos no seio familiar. Nestes casos específicos, a saída está na busca de uma relação amorosa para a construção de laços afetivos compensadores da ausência familiar.
É importante que o Psicólogo busque orientar a família do adolescente quanto à educação sexual de seus filhos. A função desta tarefa não é apenas de informação, mas também de confrontação.

Isto possibilitaria ao adolescente pôr sob a fala alguma necessidade não satisfeita que é buscada inadequadamente numa relação amorosa.

A educação sexual deve ser uma conversa livre entre pais e filhos desde a infância com uma linguagem e conteúdos selecionados para cada faixa etária. Por educação sexual entende-se a temática que se estende desde a relação social com pessoas do sexo oposto até a relação amorosa.

Os Vínculos Entre Família e Adolescente

A natureza do laço social entre pais e adolescentes deve ser de amizade, de confiança e aceitação total de pensamentos, mas não de comportamentos – o que significa uma correção com amor e uma limitação com compreensão.

O entendimento da própria fase de vida é essencial. Para isso a técnica de espelhamento da fala, dos sentimentos e das emoções se torna útil. Adolescentes podem ser incompreendidos, visto que estão entre a responsabilidade da vida adulta e a saída da infância.

A rebeldia pode ser um sinal de busca pela autonomia. Deve-se lidar com isso através de conversa empática, mostrando que seu mundo é entendido e compreendido de forma total e eficaz.

Muitos pais falham com o aconselhamento desta fase, pois não fazem o primeiro passo de forma eficaz: demonstrar que os conflitos e questões psicológicas do adolescente são totalmente compreendidos e aceitos e não dialogam de forma livre sobre esse momento especifico de vida. No texto Princípios Básicos do Aconselhamento discoro sobre alguns princípios de empatia na comunicação.

Muitos pais resistem em dialogar por receio de perder a autoridade sobre o adolescente. Dialogar e manter a autoridade em dia não são tarefas incompatíveis. Essa relação de autoridade e de limitação deve ser uma postura desde a infância, caso contrário, educar será uma tarefa mas difícil agora nessa fase de vida.

Um mito é que o adolescente não permite que se discorde dele, sendo rebelde e indomável. Esta não é uma característica que pertence somente a ele, mas pode ser resultado de uma relação interpessoal ineficaz, onde a empatia do adulto não está presente.

Perceber que os pais estão sendo empáticos é muito saudável para alguns adolescentes. Perceber que o adulto compreende e que entende totalmente a problemática apresentada por ele já pode ser uma boa garantia de que o comportamento desviante será corrigido.

Comportamentos Rebeldes

A empatia dos pais deve preceder a autoridade. Autoridade e empatia caminham juntas, mas em alguns casos se percebe o autoritarismo e antipatia na família, o que pode gerar estados de rebeldia no adolescente. Muitas vezes esse comportamento rebelde é sinal de incompreensão somente.

Portanto, em alguns casos se o adulto mostra-se na relação como um amigo empático essa rebeldia talvez se dissipe. Por vezes esse estado de rebeldia se extingue quando o adulto se mostra empático e neutro, sem criticas, mas com uma autoridade amiga e justa que conversa sobre o importante.

Não é a discordância dos pais em relação às atitudes do adolescente que vai proporcionar o estado de rebeldia, mas antes sim a incompreensão de seu estado psicológico atual, não deixando claro que o entende de forma plena.

A necessidade de ser entendido e aceito é muito maior do que a necessidade de autoestima por um grupo de fora da família. Portanto, alguns adolescentes vão buscar fora o que não possuem na família: a aceitação.

Isto pode ser o resultado da inabilidade de a família proporcionar ao adolescente um olhar sobre si mesmo e sobre seus sentimentos, ou seja, não saberem conduzir o adolescente para uma análise desse seu período de vida.

Vale deixar claro que compreensão e empatia não são sinais de libertinagem e liberalidade quanto à educação dos adolescentes, mas antes sim sinal de amor e de aceitação. Isto é tudo o que se precisa para esta fase da vida.

Como há uma personalidade em formação, os elementos da infância coexistem com os elementos da vida adulta. Responsabilidade e entretenimento coexistem. A família deve conversar com o adolescente sobre este momento de vida, apresentando ambas as características não como conflitantes, mas sim seu desequilíbrio.

Em alguns casos a Psicoterapia com adolescentes visa suprir o que faltou na família, em outros momentos municiar a família e em alguns casos fazer o papel que a família não pode alcançar por ter a situação de rebeldia saído do controle.

Adolescentes com Transtornos Específicos

Adolescentes vitimam de violências necessitam de um suporte emocional para elaborarem o trauma e para junto com os responsáveis darem o certo sentido dessa experiência invasiva que é o ato violento.

Não permitir que o adolescente forme pensamentos de generalização, tal como “todos os adultos são assim, desta forma, violentos” é o objetivo de uma relação terapêutica com adolescentes vítimas de violências.

A assessoria emocional e psíquica de um Psicólogo se torna necessária nesses casos. A evolução rumo à inserção social normal será lenta e gradativa e a simples presença de um adulto pode proporcionar o suporte de que precisa o adolescente.

Já adolescentes portadores de transtornos mentais específicos carecem tanto quanto um adulto de inserção social que vise o desenvolvimento de tarefas que proporcionem desenvolvimento da auto-estima e do sentido de pertença a num grupo especifico.

Numa situação de adolescentes portadores de transtornos mentais específicos, uma das tarefas de uma Psicoterapia é a de assessorar a inserção grupal e o relacionamento entre eles de forma saudável.

Desafios para a Educação de Adolescentes

Por fim, se percebe que essa é uma fase de vida que é marcada por preconceitos mútuos de adolescentes e de adultos. Uma fase de vida incompreendida e não-aceita tal como é. Uma fase de vida onde o ser humano é pressionado para ser aquilo que ainda não é e para deixar de ser aquilo que ainda não abandonou por completo: a fase adulta e a fase infantil respectivamente.

Relacionar-se com a adolescência é permitir-se parecer um pouco com eles, é permitir-se voltar no tempo e questionar-se sobre os conflitos específicos dessa fase e se despir dos preconceitos que cerceiam o entendimento integral dessa fase especifica de vida humana.

A Psicoterapia com o adolescente visa também assessorar o seio familiar no processo de educação do adolescente e possibilitar que se estabeleça um olhar crítico sobre as mútuas formas de comunicação, que se crie entendimento genuíno e a aceitação do processo de mudança.

Portanto, são esses os três fatores que podem ficar comprometidos na família quando há a presença de um adolescente: a comunicação familiar, o entendimento mútuo entre pais e filhos e a aceitação da autonomia do adolescente.

Restaurar isto é o objetivo principal de uma Psicoterapia com adolescentes e isso se faz no instante em que o Psicólogo possibilita ao adolescente expressar seus medos e receios das mudanças pelas quais está passando no momento.

O Psicólogo deve permitir que o adolescente – a partir da análise das relações sociais que estabelece e a partir da análise sobre os próprios sentimentos e pensamentos – que se perceba enquanto um ser em desenvolvimento de identidade.

Esta comunicação saudável deve permitir o esclarecimento dos contratos familiares. O entendimento deve proporcionar um contato mais próximo entre a vida afetiva de pais e filhos e a aceitação visa estreitar os laços familiares e dirimir o medo que os pais possuem de perder uma criança que agora se torna um adulto autônomo e portador das próprias escolhas.

21 comentários :

  1. Sou mãe de uma adolescente de 14 anos, o pai é autoritário e não permite que ela faça qualquer coisa sem sua compania, é estremamente ciumento e não consegue perceber que sua filha cresceu. Ela uma menina responsável, e que encontrou uma paquera com quem quer se relacionar com a permissão doa pais, eu não vejo nada de errado, mas o pai não aceita, o que está causando sérias discurssões e o afastamento entre nós, principalmente pai e filha. Não sei o que fazer, nem como agir, estou até pessando em separação. Me ajude.

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    1. Minha amiga na verdade nos não podemos ser radical eu vejo da seguinte forma você tem que saber conduzir sua filha sem que ela se sinta pressionada eu sou pai de 4 filhos a minha filha mais velha tem 28 anos e mora na Italia, o meu mais novo vai fazer 18 anos você só tem que sabe controla-los sem machuca-los de forma sabia a biblia diz o seguinte ensina o caminho que teu filho deve andar e ele não se desviará você deve sempre conversar com ele para que ela sinta que tem uma amiga sempre a ouvi-la somente isso, boa sorte e que Deus te abençoe

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  2. Deixe ele falar sobre os medos dele. A filha não precisa presenciar esses desentendimentos. Tente negociar com o pai. Diga que você também tem autoridade sobre ela assim como ele.

    Dependendo da forma estrutura psicológica da filha, isso pode ser prejudicial para o desenvolvimento social dela.

    Se possível, cerque-se de argumentos sobre o como é prejudicial para um filho esse cerceamento da individualidade e conv erse sobre isso com ele.

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  3. eu sou uma adoslecente de 14 anos e tenho vontade tambem de me relacionar ,mas meus pais nao aceitam isso...é uma fase dificil. talves o pai dela ache que é muito cedo para se relacionar, ele tem medo mas tambem tem que saber que ela tem vontades e ja nao é mais uma menina e que esta pronta para viver a vida.talves se ele nao a apoiar ela possa fazer escondido que sera uma coisa muito mais pior,,,entao assim como eu acho que voces deveriam deixala fazer o que quer mas é claro que nao tudo néh,,ela esta numa fase mutio sensivel,precisa de alguem para se sentir amada,e desejada isso só vai fazer com que ela,se sinta mais feliz e se aproximen de voces dois...

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    1. A fase da adolescência, pra alguns, é difícil mesmo. Uma fase de querer, mas ser limitado. Esse choque com os pais gera uma tensão que isola da família. Muitas vezes, o namoro é uma saída para onde se canalizam afetos não atendidos em casa. De qualquer forma, sua relação com seus pais, uma vez que você tenha dependência deles, deve ser harmônica na medida do possível para amenizar tais conflitos.

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  4. Tenho um sobrinho de 16 anos, que ultimamente tem sido muito rebelde,ignorante e qualquer coisa o faz ficar nervoso e irritado, minha irmã(mãe dele) foi uma mãe muito ausente e pai dele também. quem cria é a vó(minha mãe) ninguém sabe como proceder em relação a ele não respeitar ninguém. alguém pode me ajuda? tem a ver com hormônio?Como preceder?

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    1. Olá, utilize essa seção e siga as regras para que seu comentário não seja dispensado:

      http://www.marceloquirino.com/2007/04/pergunte-ao-psicologo.html?commentPage=2

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  5. DR. Tenho visto alguns adolescentes que mantém vínculos de amizades extremos.Não sei se estou errada no meu modo de ver as relações na sociedade atual, mas por exemplo, lecionei ano passado p/ uma turma de pré adolescentes, e pude observar as conversas das meninas, trocas de mensagens no celular, por bilhete, por face, por msn...sempre se referindo a meu amor, te amo mais que tudo, minha love...etc. Há brigas entre elas disputando a amizade e atenção uma da outra. Será que isso é normal? É talvez uma carência,ou é mesmo a busca de aceitação do outro, no grupo, no ambiente escolar?

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  6. DR. vejo nas relações entre as adolescentes e pré adolescentes, um vínculo de amizade que me leva a uma reflexão. Não sei se estou exagerando, mas não vejo como algo normal, as meninas se tratarem como "minha love", "meu amor maior", "te amor mais que tudo", são declarações no face, no msn, trocam torpedos, e vivem relações muito fortes, que se falam na escola, trocam bilhetes durante a aula, se falam por internet, por celular, varias vezes por dia. Será que é normal na atual sociedade?

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    1. Creio que você está desconfiando se é uma relação amorosa, ou se é ciúmes entre duas amigas. Creio que ambos os casos podem apresentar comportamentos assim. Há muitas relações de amizade em que predominam uma possessividade imensa. Algumas relações amorosas acontecem logo após uma relação de amizade profunda assim, são amores que acontecem devido à extrema proximidade entre amigos(as). O que você está notando é algo normal numa sociedade com esse distanciamento parental grande que percebemos hoje em dia, sinais de insuficiência de contato afetivo familiar e até mesmo devido à solidão e negligência que percebemos hoje nas famílias. Esse distanciamento afetivo não deve ser confundido com a proximidade social - uma família pode ter excesso de contato social entre si, mas cada um ser uma ilha dentro da família -, e nem se deve associar cabalmente distanciamento afetivo-familiar com o que você observa em seu quotidiano. A frieza familiar pode levar a contatos afetivos grudentos e intensos com amigos, contudo não é sua causa única e suficiente, sob risco de cairmos em precipitação de análise. É isto...

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  7. Meu filho de 13 anos está em dúvida quanto sua opção sexual, diz que em seu primeiro beijo com uma menina não foi o que esperava, e acha outros meninos bonitos e já sentiu seu coração bater mais forte por um, ele diz que não beijou nenhum menino. Ele acha que é gay.

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    1. Mãe, a opção sexual de um adolescente NÃO é problema psicológico. Sugiro conversas com seu filho para se tornar afetivamente próxima.

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  8. achei muito legal parabens!!!!

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  9. obrigado por compartilhar essas dicas, adorei!

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  10. Vou apresentar um seminário e gostaria de abordar o assunto : reações emocionais na adolescência de uma maneira que todos os ouvintes possam entender.
    Como posso abordar -los ?
    #dr.Marcelo

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    1. Olá, este espaço não é destinado a esses esclarecimentos. É um canal para divulgar a Psicologia para ouvintes, somente. Sugiro enviar e-mail solicitando "supervisão". Aguardo email. Grato!

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  11. Conteudo bacana, obrigado por compartilhar

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  12. Excelente post, parabéns pelo conteúdo, obrigada

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